Foster the People faz show morno no Lolla com setlist de energia 'sobe e desce' sem freio
30/03/2025
(Foto: Reprodução) Músicos fizeram má distribuição das músicas, concentrando grandes hits em só uma parte. Foster the People toca 'Pumped up kicks' no Lollapalooza 2025
De volta ao Brasil pela quinta vez, o Foster The People tocou no principal palco do Lollapalooza deste domingo (30), o Budweiser, para uma plateia tão morna quanto o setlist.
Como assistir aos shows? Clique aqui para ver no Globoplay. Ou aqui para ver em 4K
TEMPO REAL: Acompanhe tudo o que acontece no Lollapalooza 2025
Em relação aos seus shows anteriores no país, os músicos se apresentaram com uma formação diferente —depois de 11 anos, o baterista Mark Pontius deixou o grupo em 2024. Hoje em dia, o Foster é formado apenas pelo tecladista Isom Innis e o vocalista Mark Foster, o líder e frontman.
Foi uma apresentação que funcionou pela nostalgia. Faixas do álbum “Torches” (2011) roubaram a cena, deixando todas as outras ofuscadas. Não que isso seja uma surpresa. O Foster vive uma fase flopada (de anos), sem emplacar hits memoráveis —totalmente oposto daquilo que o grupo viveu no começo da década passada, quando se tornou nome obrigatório em rolezinhos de indie rock.
Após o show começar com “Feed Me” e “Lost in Space”, a nostalgia apareceu em faixas como “Helena Beat”, “Miss You”, “Houdini” e “Call it What you Want” para, depois, ser deixada completamente de lado.
Foster the People se apresenta no Lollapalooza 2025
Tomzé Fonseca/Agnews
A plateia ficou bem dividida entre saudosistas revivendo sua juventude e pessoas nem tão animadas assim. Talvez, isso esteja relacionado até mesmo com uma questão geracional, já que o Foster faz parte da lista “aquela do tempo da mãe/pai” do lineup deste ano, que traz vários queridinhos dos adolescentes e crianças de hoje.
Tecnicamente, os músicos continuam tão bons quanto no passado. A ausência de um tempero atual, no entanto, teve uma grande influência negativa no show. O principal motivo tem a ver com o setlist, que foi mal planejado.
Em vez de distribuírem seus grandes hits nostálgicos em várias partes do show, os músicos concentraram seus maiores sucessos em apenas um trecho —com exceção de “Pumped up Kicks”, que finalizou a apresentação.
Uma pena. Dava para o Foster ter intercalado melhor a sequência das faixas. A impressão que fica é a de que a energia subiu e, de repente, desceu sem freio algum.
Cartela resenha crítica g1
g1
VÍDEOS Lollapalooza 2025: os maiores destaques do festival